quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Abundância

Quando confundo o Ser pelo ter,
deixo de ver quem sou.
esqueço de tudo o que sou,
iludido por tudo o que tenho ou desejo ter.

Quanto mais desejo ter menos vejo,
a abundância plena que existe em mim,
para lá de mim.

Pois estou a limitar-me pelas parcas posses,
que consigo amealhar,
esquecendo a riqueza do sentir,
de vivenciar tudo aquilo que sou.

O amor que me constitui é ilimitado,
não pode ser contido em nenhum objeto,
nada material ou carnal o pode conter.

Tudo o que vejo é parte de mim,
contenho o todo,
sendo eu,qual gota do oceano,
o oceano por inteiro.

E no entanto,
permito que os pensamentos de escassez,
se apoderem de mim.

Deixo que o medo oriente a minha visão,
deste mundo que habito,
mas eu não sou deste mundo,
eu sou o mundo.

Em cada recanto me encontro,
em cada Ser permaneço,
na ilusão da tristeza,
e na certeza da alegria.

Todas as posses iludem,
aquilo que é essencial.
Viver entendendo,
que o amor é tudo, o amor é.

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